domingo, 10 de fevereiro de 2013

Louco é pouco, sou Escritor

Preciso escrever algo, é quase que uma confissão. Quando escrevo, eu falo sozinho, dou risadas sozinho, reclamo de mim e dos personagens. Ando pela casa, choro, fico alegre, sofro e grito. É o grito e o sentimento do culpado, do justo, do que restou da batalha. Me emociono, emudeço, ouço mais e falo muito mais, converso com meus personagens, exploro suas emoções, que acabam sendo desdobramento das minhas. Vivo muitas vidas em uma única vida, enriqueço a minha alma e fortaleço meus personagens, eles ganham vida. Saltam do papel e caminham pela mesa, chutando lápis e canetas, puxando tomadas e apertando teclas. Pergunto "o que querem?" e eles me respondem "vida!", digo que meu limite são páginas e se eles querem mais que isso, que atormentem os leitores, pois eles sim, possuem a capacidade de fazê-los participar do mundo. Digo-lhes que sou um simples escritor, escondo-me de algumas personalidades egocêntricas, que pensam poder ter vida própria, tolos, estão, primeiramente nas minhas mãos, depois estarão na de vocês, leitores.

Desligado do mundo visual, parto em uma viagem etérea. As sinapses vão ao extremo e a mente assemelha-se à de um doente. Adentro um novo mundo, que é meu. Tomo posse de seu ambiente e o mudo, para doar ao leitor, assim que termino de compô-lo. É um mundo que só passa a existir, quando vai do papel à mente de quem o lê. Então volto ao normal e curto a próxima viagem.
Quando o mundo gosta, cria uma nova ordem, uma nova realidade. O desejo, ao escrever, é carregar o máximo de seres humanos para um outro planeta, abduzindo-os. Para depois devolvê-los, contaminados pelo vírus da fantasia, esperando que contaminem ainda mais seres humanos.

Não há espaço para dó e nem piedade, quantos mais carregar, mais a fantasia se torna realidade. Então vem a pergunta "será que todos nós, já não estamos fazendo parte de algum livro?". Afinal, muito do que falamos, vivemos e fazemos, acaba sendo parte do livro da vida de cada um.

Talvez tentem impedir-lhe de escrever, de falar, de ouvir e de ver. Mas nunca calarão a voz do coração e sua mente.

Eu fujo para o meu mundo e só volto quando tudo está mais calmo. Uma calma aparente pois a vontade é de conturbar a realidade, com uma nova realidade, mais fantasiosa. Vou agora para o meu canto, usar o seu tempo livre. Como se escritor tivesse tempo livre, como se escritor ficasse só. No meu canto, pensam que descanso, mas a mente, inquieta, ainda escreve em letras de fumaça nas lousas da fantasia. Em minha mente vejo o impossível, concebo o incrível e acredito no invisível. Quando escrevo, tudo fica real e o real vira fantasia.

Já leu algum autor nacional? Então me diga qual e o que achou.

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Esse texto é de autoria de J.C.Hesse. Ao utilizá-lo, total ou parcialmente sem que o autor seja informado, você estará incorrendo em um delito intelectual. Nada do que escrevo é meu. É do mundo! Para evitar problemas é só comunicar o autor, pedindo-lhe autorização.
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Abraços, J.C.Hesse - Autor da obra Tallek
Autor e Auxiliar Administrativo do Clube dos Novos Autores - CNA
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